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Archive for 17 de junho de 2011

O ministro Celso de Mello(foto), 65, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu indício ontem de que votaria a favor da liberação do uso da maconha para uso de cultos religiosos.
Ele fez uma comparação com a utilização já permitida do consumo de chá de ayahuasca – uma substância psicotrópicas – pelas igrejas do Santo Daime e da União do Vegetal.

Disse que o uso do psicotrópico, nesse caso, está vinculado à “liberdade de crença, de culto, de organização religiosa e a liberdade contra a interferência do Estado”, conforme previsto na Constituição.

Algumas igrejas do Santo Daime já usam em seus cultos a maconha, chamada de Santa Maria, o que causou um racha entre os daimistas, com acaloradas discussões entre eles.

Uma dessas igrejas seria a Céu de Maria, fundada pelo cartunista Glauco, de acordo com denúncia de Emiliano Dias, o Gideon Lakota. Glauco foi assassinado em março de 2010 por Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, que estaria sob efeito de maconha, além de sofrer de transtornos mentais.

O uso da maconha em rituais daimistas teria começado já com um dos fundadores da seita na Amazônia, o Sebastião de Mota Melo (1920-1990), na denúncia de Lakota.

Celso Mello foi o relator da ação que liberou na quarta-feira (15) pela unanimidade dos votos dos ministros do STF a marcha da maconha que ocorre todo ano em diferentes regiões do país. Ele disse que, no seu voto sobre essa questão, “praticamente sugeriu” que o uso da maconha por religiões fosse levado à apreciação daquela Corte.

Fonte: Agência Brasil e demais portais

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Por Antognoni Misael

De benéfico veículo de humanização à tirano da informação, a Indústria Cultural revela sua real estratégia para igreja brasileira no século XXI: a total dominação. Se para Kant a razão se manifestava em dados imediatos de forma secreta, hoje ela dobra-se aos esquematismos de uma produção em massa que aliena e irracionaliza.

Quando o cinema e o rádio perderam a noção de serem empacotados como arte e se auto definiram como indústria, o prenúncio do porvir estava dado. Hoje tudo, ou quase tudo, antes de ser o que era, é de fato, naturalmente, um produto no sentido mais capitalista possível. Sendo assim, nessa nova dinâmica, um belo quadro, por exemplo, não tem o significado artístico de outrora em seus requisitos técnicos, específicos, de cosmovisão, de linguagem expressiva, etc., basta-lhe torná-lo uma simples mercadoria e então copiá-lo em série e vendê-lo popularmente como um utensílio qualquer.

Vivemos agora numa era onde a técnica adquire poder sobre a sociedade, e a sua racionalidade tecnológica representa a racionalidade da dominação que reprime o poder de escolha e autonomia do indivíduo. O bombardeio vem de todos os lados: num comercial de TV, num jingle de rádio, num outdoor da cidade, nas roupas, nas revistas, na internet, e nas pessoas já adequadas ao sistema. Roda Vida (canção de Chico Buarque) há décadas atrás já sintetizava a sensação que experimento atualmente ante a violenta ação da Indústria Cultural. Mas o que realmente me inquieta ao falar desse assunto é perceber que a grande maioria dos cristãos brasileiros, grande parte da igreja institucional, artistas, pastores, a muito estão sendo sugados pelas engrenagens dessa voraz dinâmica mercadológica; e o pior, o “evangelho” passou a ser campo de práticas e joguetes dessa indústria. Seu ofício maior é domesticar o cristão como um consumidor cultural da contemporaneidade.

Templos repletos de “adoradores” que nos seus cotidianos, fisgados pelos manjares popularizados, correm atrás do novo modelo de carro mais desejado, da nova TV de 2 cm de espessura, do mais novo celular com tecnologia de luxo, do modelo de roupa usada na novela do sucesso, enfim, de tudo que representar o prazer de status e de atualização do mundo. Desta forma a tal indústria apoiada na técnica faz uso da tecnologia para legitimar seus produtos culturais. Portanto o que mais interessa não é o conteúdo e sua relevância, mas sua sofisticação de entretenimento. Ou seja, a técnica sobrepuja o conjunto da obra. E não é isso que mais vemos hoje em pregações Técnicas, efeitos, domínio de público, construções de discursos à base de macetes de neurolinguística. Muita sofisticação, pouco conteúdo. “A racionalidade técnica é a própria racionalidade da dominação”. (Theodor Adorno)

Os esquemas são as fórmulas de garantia da boa aceitação do produto. Portanto o que surge no mercado com cara de novidade, perpassa por um processo de maquiagem que torna o supérfluo atraente, porém sem que muitos notem que é uma ideia e produto refugo. O cimena, as novelas (praxe dos crentes modernos, após a Bíblia e os cultos) são bons exemplos dos esquematismos. Neste, prova-se então o quanto é raro o personagem vilão de um filme não ser aniquilado no final da história, já o protagonista, mesmo suportando a inúmeras investidas e agonizando suas forças, quase que nunca promove um final triste. Assim também ocorre em novelas. Mudam-se nomes, personagens, cenários, épocas, mas as cronologias de fatos sucedem a própria prévia do telespectador de um final feliz. São artes que vestem diversão, passatempo e falsa importância para a vida comum.

Na música comercial, cujo gospel atual se encaixa perfeitamente, os esquemas também são bem vindos. É uma ferramenta que gira em torno do próprio eixo. Nada se cria, como bem disse João Alexandre, o “novo” reaparece em “meras repetições”. Como músico, compartilho a minha simples visão ante a massificação de canções que vestem as ideias da indústria cultural atual:

Melodias óbvias e nada improváveis. Nota-se que a fórmula é a mesma para tantas canções (faça o teste, por exemplo, com canções do Diante do Trono: melodias de cor melancólica, com progressões de acordes invertidos, super-uso de terças e finais de frase com “SUS”, ou seja, suspenso). Se a canção for lenta, precisa te impelir ao emotivo, se for rápida precisa te impulsionar a tirar o pé do chão.

Refrão fácil de pegar. Aquele que vai de Sol, Ré, Mi menor e Dó, isto é, o velho esquema que funciona – o que não deixa de ser um padrão legal, mas tudo de mais é muito né? Assim o ouvinte vai ouvir e consumir um “novo” que não tem nada de novidade, muito pelo contrário, é apenas mais uma estandardização do familiar no inconsciente da massa.

Letra recheada de conceitos e noções soltas, vagando no ar, mas não problematizada, além de quase sempre trazer poesias demasiadas pobres. Se enche os espaços de verdades, rima paixão com coração, louvor com amor, diz que Deus é tudo, fala sobre sonhos, promessas, milagres, e pronto, o esquema tá novamente reproduzido e com certeza fará sucesso. Isto, claro, se deveu a domesticação do público por parte da indústria, que por sinal, não vê com bons olhos suscitar dúvidas, imaginação ou questionamentos. Nada pode ameaçar a prosperidade da fórmula e por em cheque a garantia do ciclo do $uce$$o.

Cara de popular com intenções ‘nada democráticas’. Nessa lógica, o público é ensinado a consumir sobre o referimento do que é popular e não do que é desejado. Aí notamos a vedação do poder escolha que ocorre seja na violência simbólica ou na segmentação do espaço como demarcação de grupo através dos meios de comunicação – dáí alguém pode pensar “aonde ouvir outra música cristã além das tocadas no rádio”? “Existe outra para que eu possa escolher”? Comumente, é natural domesticar os ouvintes a receberem “novas” canções sem esforço algum, do que induzi-los à busca (é o mercado do óbvio). Ou seja, a indústria mina, demarca e com suas fórmulas e esquemas ataca sem dar trégua.

Pois bem gente, aonde chegamos? Marketing eclesiásticos, consumismo desenfreado, venda de indulgências modernas, práticas domesticadas pela indústria da cultura, resignificação de novos grupos e cantore(a)s que giram num mesmo ciclo de pseudo-novidades, gosto pelo popular e não pelo fundamental… Muita superficialidade e pouca essencialidade. Muita diversão, muita distração…. é isso que ela quer pra nós.

Portanto, bom é reconceituar que a Indústria Cultural torna-se de fato a Indústria da Diversão, e nesta não se pretende pensar, senão esquecer a dor, mesmo onde quer que ela se mostre pra que assim, na base do divertimento instala-se a impotência, a legitimação, o uso e o abuso. Efetivamente, a libertação prometida pelo entretenimento é a do próprio pensamento como negação. E nós como Igreja, será que estamos atuando nossa faculdade de autonomia de pensamento? (Reflitamos)

Almejo a que igreja brasileira se liberte das garras da manipulação. Almejo que as formas de culto, as nossas canções, nossos hobby’s, nossas práticas estejam além do que a indústria da cultura “gospel” nos oferece. Almejo que cantemos novas canções, que sejamos livres, criativos, pensantes, e de vida plena e dominada apenas pela graça e sabedoria vindas de Deus.

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Antognoni Misael, aguardando a ilusão de tempos melhores, no Púlpito Cristão

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// Missionária Lana Houder e companheira pastora lésbica afirmam que 
pregarão a Palavra de Deus na Parada Gay

Três semanas depois de inaugurar uma igreja inclusiva e voltada para acolher homossexuais no Centro de São Paulo, o casal de pastoras Lanna Holder e Rosania Rocha pretende participar da Parada Gay de São Paulo, em 26 de junho, para “evangelizar” os participantes. Estudantes de assuntos ligados à teologia e a questões sexuais, as mulheres encaram a Parada Gay como um movimento que deixou de lado o propósito de sua origem: o de lutar pelos direitos dos homossexuais.

“A história da Parada Gay é muito bonita, mas perdeu seu motivo original”, diz Lanna Holder. Para a pastora, há no movimento promiscuidade e uso excessivo de drogas. “A maior concepção dos homossexuais que estão fora da igreja é que, se Deus não me aceita, já estou no inferno e vou acabar com minha vida. Então ele cheira, se prostitui, se droga porque já se sente perdido. A gente quer mostrar o contrário, que eles têm algo maravilhoso para fazer da vida deles. Ser gay não é ser promíscuo.”

As duas pastoras vão se juntar a fiéis da igreja e a integrantes de outras instituições religiosas para conversar com os participantes da parada e falar sobre a união da religião e da homossexualidade. Mas Lanna diz que a evangelização só deve ocorrer no início do evento. “Durante [a parada] e no final, por causa das bebidas e drogas, as pessoas não têm condição de serem evangelizadas, então temos o intuito de evangelizar no início para que essas pessoas sejam alcançadas”, diz.

Leandro Rodrigues, de 24 anos, um dos organizadores da Parada Gay, diz que o evento “jamais perdeu o viés político ao longo dos anos”. “O fato de reunir 3 milhões de pessoas já é um ato político por si só. A parada nunca deixou de ser um ato de reivindicação pelos direitos humanos. As conquistas dos últimos anos mostram isso.”

Segundo ele, existem, de fato, alguns excessos. “Mas não é maioria que exagera nas drogas, bebidas. Isso quem faz é uma minoria, assim como acontece em outros grandes eventos. A parada é aberta, e a gente não coíbe nenhuma manifestação individual. Por isso, essas pastoras também não sofrerão nenhum tipo de reação contrária. A única coisa é que o discurso tem que ser respeitoso.”

Negação e aceitação da sexualidade

As duas mulheres, juntas há quase 9 anos, chegaram a participar de sessões de descarrego e de regressão por causa das inclinações sexuais de ambas. “Tudo que a igreja evangélica poderia fazer para mudar a minha orientação sexual foi feito”, afirma Lanna. “E nós tentamos mudar de verdade, mergulhamos na ideia”, diz Rosania. As duas eram casadas na época em que se envolveram pela primeira vez.

“Sempre que se fala em homossexualidade na religião, fala-se de inferno. Ou seja, você tem duas opções: ou deixa de ser gay ou deixa de ser gay, porque senão você vai para o inferno. E ninguém quer ir para lá”, diz Lanna.

A pastora afirma que assumir a homossexualidade foi uma descoberta gradual. “Conforme fomos passando por essas curas das quais não víamos resultado, das quais esperávamos e ansiávamos por um resultado, percebemos que isso não é opção, é definitivamente uma orientação. Está intrínseco em nós, faz parte da nossa natureza.”

Igreja Cidade de Refúgio

Segundo as duas mulheres, após a aceitação, surgiu a ideia de fundar uma igreja inclusiva, que aceita as pessoas com histórias semelhantes as delas. “Nosso objetivo é o de acolher aqueles que durante tanto tempo sofreram preconceito, foram excluídos e colocados à margem da sociedade, sejam homossexuais, transexuais, simpatizantes”, diz Lanna.

Assim, a Comunidade Cidade de Refúgio foi inaugurada no dia 3 de junho na Avenida São João, no Centro de São Paulo. Segundo as pastoras, em menos de 2 semanas o número aumentou de 20 fiéis para quase 50. Mas o casal ressalta que o local não é exclusivo para homossexuais. “Nós recebemos fiéis heterossexuais também, inclusive famílias”, diz Rosania.

Apesar do aumento de fiéis, as duas não deixaram de destacar as retaliações que têm recebido de outras igrejas através de e-mails, telefonemas e programas de rádio e televisão. “A gente não se espanta, pois desde quando eu e a pastora Rosania tivemos o nosso envolvimento inicial, em vez de essa estrutura chamada igreja nos ajudar, foi onde fomos mais apontadas e julgadas. Mas não estamos preocupadas, não. Viemos preparadas para isso”, afirma Lanna.

Fonte: G1

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// Site cobra R$54 por mês para orar e perdoar pecados de vivos e 
mortos

O site Cristin Ortodox da Romênia cobra por mês o equivalente a R$ 54 para perdoar por intermédio de orações pecados de vivos e mortos. Há também opções de oração para obter saúde e bons resultados em exames escolares. As orações são transmitidas ao vivo em voz alta. O pagamento é feito com cartão de crédito e pelo PayPal.

O serviço tem convênio com quatro igrejas ortodoxas, e o assinante terá de optar por uma delas. Site e igrejas dividem entre si o dinheiro arrecadado.

O Christian Post repercutiu a informação com Father iulian Anitei (sic), sacerdote do credo ortodoxo em Houston, Estados Unidos. Ele disse que o site não tem a aprovação da Igreja Ortodoxa da Romênia e questionou a seriedade dos líderes religiosos que se associaram à iniciativa da oração on-line por perdão de pecados.

“O que sei é que os líderes ortodoxos romenos não estão de acordo [com o site], porque são muitos tradicionais”, disse.

Contudo, Anitei confirmou ser comum as igrejas ortodoxas receberem dinheiro de fiéis que pedem orações para obter determinadas graças, mas a contribuição não é obrigatória.

O professor Craig J. Hazer, da Universidade Biola, uma instituição cristã que fica da Califórnia, disse que a cobrança por orações não está de acordo com os ensinamentos de Jesus e dos apóstolos.

Anitei afirmou que, diferentemente do que o site dá a entender, “não é que fiéis esperam de Deus perdão de seus pecados porque deram dinheiro, mas é uma maneira de expressar a sua profunda fé”.

Fonte: Paulopes

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